Começo a achar que uma das doze tarefas de Hércules passava por tirar livros de uma estante e voltar a pô-los precisamente onde estavam.
É incrível a dificuldade desta tarefa, pelo menos a avaliar pela quantidade de livros que apanho fora de sítio.
Até compreendia, se:
- não houvesse mais 4 livros iguais, portanto, quase a acenar com uma bandeira a indicar o sítio do livro;
- a prateleira estivesse muito comprimida. Às vezes acontece os livros estarem todos espremidos e, nesses casos até agradeço que não tentem pôr o livro de volta no lugar, porque muito provavelmente vão danificá-lo. Mas quando cabem mais sete ou oito...isso é gozar comigo, ou quem quer que os arrume;
- não há mais nenhum livro igual e na lombada não está escrito o autor, dificultando a inserção por ordem alfabética. Compreendo, a sério, porque até eu às vezes fico a olhar como um burro para um palácio.
E como os casos são sempre os contrários, não compreendo.
Como se não bastassem estes casos, ainda há aqueles em que há espaço de sobra, mas as pessoas têm de empurrar os livros (quando eu sei que ele ofereceram resistência, os pobres coitados!), porque há outros livros que acabaram no meio das páginas do coitado, ou quando vejo as pontas todas dobradas (no melhor dos casos) porque bateu num obstáculo.
Quem ama livros, e trabalha com eles, sofre.
Coração ao lado!
Coração ao lado!
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