Não, não tenho uma vida amorosa muito activa. No entanto, lembro-me de cada um dos rapazes de quem gostei. E todos foram especiais, cada um à sua maneira.
Ainda te lembras dos nomes de todas as pessoas com quem te envolveste? Devem ter sido deveras especiais... Se não o foram, o que é que te fez ir? Porque quase de certeza não te fizeram ficar.
Levantamos muros, quase intransponíveis, onde só passam pessoas para uma espécie de manutenção. Laços? Qué isso?! Deixar alguém entrar no meu pequeno mundo, onde estão todas as minhas fraquezas e inseguranças? Nunca!
É aí que sou diferente. Não...não deixo entrar muitas pessoas, mas se entram é por um motivo. É porque são pessoas que considero que as virtudes superam os defeitos. Em grande escala. Mesmo que para os outros que me rodeiam eu esteja a cometer um erro tremendo. De vez em quando tenho um vislumbre da pessoa que sei que está lá, apenas por trás de uma muralha, e tenho certeza de estar certa. E fico feliz com isso, porque, nem que por milésimos de segundo, aquela pessoa sentiu que podia baixar a barreira e deixa-me entrar naquele mundo inacessível.
E uma vez gostando, o sentimento fica para sempre, em maior ou menor magnitude. Sim, é difícil gostar. Também é difícil deixar de gostar, porque aquelas peculiaridades que gostei continuam lá. São traços que estão entranhados na pessoa.
Provavelmente vão achar que me iludo. Talvez. Talvez não. O mundo é feito de ilusões, mais vale acreditarmos nas bonitas.
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