segunda-feira, maio 08, 2017

Projecto Novo!

Olá! Ainda se lembram de mim? Se calhar já nem eu me lembro de mim...

Bem, a verdade é que queria tentar tirar o pó ao blog, mas quantas vezes dizemos a mesma coisa e depois cai em saco roto?

Por isso, não vou fazer promessas. Venho explicar que às vezes as coisas dão voltas estranhas. E as minhas voltas levaram-me...ao youtube.

Há algum tempo, a C. d' O Meu Reino da Noite tinha-me desafiado a começar a escrever sobre livros, penso que nestes termos "gostas tanto de ler e lês tanto, porque é que não começas a escrever sobre o que lês?". Vou ser sincera...voltar a estudar e ter de escrever relatórios e depois o projecto final tirou-me qualquer vontade que tivesse de escrever e então fiz a descoberta do ano: Booktube!

Não imaginam o quão siderada fiquei quando descobri que havia toda uma comunidade de youtubers que falavam de livros. Isso levou-me à minha primeira resolução: terminar as colecção que tinha por terminar (comprar os livros que faltavam, lê-los, por aí fora). E nos últimos meses comecei a sentir um bichinho que ia mordendo e dizendo "Vai! Estás à espera de quê?". Muita coisa, para ser sincera, mais uma vez. Para começar, gostava de ter os meus livros todos no mesmo sítio, porque estão no meu quarto, no sótão e em casa de uma amiga (e alguns juvenis na garagem). Depois, gostava de já estar numa espaço mais apropriado para isso, como uma casa minha, não sei...

Mas como tudo na vida, se ficarmos à espera que as condições sejam favoráveis, nunca vamos a lado nenhum. Por isso, em Janeiro comecei o meu novo projecto, que ainda é um bebé pequenino: The Phoenix Flight passou a ser também o nome do meu canal no Youtube! Por isso, não me vou alongar mais, que o texto já vai comprido, e estão todos convidados a ver o que ando a fazer ;)


Até ao próximo post!

sábado, dezembro 31, 2016

Quando o ano muda...

2016, tiveste tudo para ser o melhor ano da minha vida a nível profissional, a nível de metas atingidas, com a viagem da minha vida e com os casamentos que tive muita felicidade em assistir. No entanto, este ano lembraste-te de algo novo para mim: esse teu hábito ridículo e atroz de te tentares desequilibrar. E não é que conseguiste? As perdas pessoais suplantam as coisas boas. Por isso, estou pronta para que termines.

2017, que continue a conseguir cumprir as minhas metas, mas se tiveres de escolher entre a minha realização pessoal e as pessoas que tenho ao meu lado, por favor, não me dês atenção e permite-me manter as pessoas que amo perto de mim. Ao resto eu sobrevivo, até porque há mais anos para as conseguir concretizar.

quarta-feira, outubro 12, 2016

À Prova de Fogo


Não há uma forma fácil de explicar isto e eu lembro-me apenas de uma: pensem na vossa casa de infância. A casa dos vossos pais, para quem já saiu. A casa dos vossos avós, ou de um tio, para quem continua em casa dos pais.

Agora lembrem-se de tudo o que aconteceu nessa casa: cada joelho esfolado, cada conquista, cada marca derivada de uma asneira, ou simplesmente da vossa evolução.

Lembrem-se daquele amigo que fizeram nesse espaço e em como o levaram convosco o resto da vida. Aquelas parvoíces que ou acabavam a rir à gargalhada ou a gritar um com o outro de um lado para o outro da sala.
Aquela prateleira que queriam tanto ter que não foram pedir a alguém que soubesse o que fazer para a pôr, fizeram-na vocês mesmos.
Aquela martelada que era suposto ter acertado num prego, mas que foi um bocado ao lado. O prego continuou fora da parede e a parede ganhou uma indentação.
Aquela marca no tecto, onde um dia se lembraram de tentar escrever dentro dos limites de uma folha, mas...ups, saiu fora!
Aqueles pioneses que bem tentaram que entrassem na madeira para conseguir que ficassem posters agarrados. Nem à martelada! Mas eventualmente, lá conseguiram.
Aquela mesa onde à socapa foram escrever o vosso nome.
Aquele sofá que encontraram algures na rua, abandonado por alguém, e que levaram para aquele espaço que era vosso. As histórias que o sofá podia contar...ainda bem que não podia falar!
As luzes de Natal que iluminavam o ano inteiro.
As fotografias na parede, se calhar de pessoas que nunca viram na vida, mas que fazia do espaço o que ele é, pedaços de memórias passadas.
As noitadas. Tantas noitadas! Rodeados de troféus, memórias, risos, lágrimas e, acima de tudo, companheirismo.


Agora, pensem em todas essas memórias que têm dessa casa, desse espaço, seja a dos pais, dos avós, ou tios. E imaginem observar ao longe todas elas a serem consumidas, uma a uma, e não poderem fazer nada.


Sangue, suor e lágrimas. Crescimento. Dor e alegria. Pedaços de nós, de cada um dos que passou por um espaço. O espaço marca-nos e nós marcámo-lo a ele. As nossas marcas desapareceram, foram consumidas. As dele ficam com cada um de nós.


Não era só um edifício. Não eram apenas salas utilizadas por tunas. Não era apenas material que estava lá dentro. Eram pedaços de história da passagem de cada um. Pedaços de nós que havia nas paredes, nas mesas, no chão, no tecto.


As memórias ficam, mas as marcas foram apagadas. 

https://www.facebook.com/fernando.rodrigues.549221/posts/1087518688022412 

sábado, abril 16, 2016

Já bati algumas vezes com a cabeça nas paredes. Ter tendência para gostar quase exclusivamente de pessoas que não estão interessadas em mim dessa forma, costuma acabar...dolorosamente.

Não sou a única, claro, não é essa a questão. A verdade é que as pessoas têm diferentes formas de reagir perante estas inevitabilidades da vida. Há quem siga em frente, como se nem tivesse feito mossa, já prontos para a próxima, mas há também quem se feche e não dê espaço nem para gostar nem para que gostem de si. É algo bastante comum e, no fundo, compreensível. Se não deixarmos mais ninguém entrar no nosso espaço, conhecer-nos, gostar de nós, então dificilmente iremos voltar a sofrer pelo afastamento, ou porque a pessoa nos conhecia tão bem que tocou em pontos dolorosos num momento menos bom. Se mantivermos a guarda levantada, então ninguém nos pode magoar, outra vez. E ninguém gosta de ser magoado. À excepção dos masoquistas, mas esses não entram nesta história.

A questão é: em qual dos dois grupos te inseres?

Eu sou o tipo de pessoa que chora o que tem a chorar, limpa as lágrimas, levanta a cabeça e segue. Talvez um pouco a medo. Mas a verdade é esta: sofrer fez-me perceber algo muito importante. Eu estou aqui. Sou uma pessoa feliz. Podem causar-me dor, porque eu sobrevivo. Acima de tudo, sei que sobrevivo.

Sem rancores, sem acusações, com alguma tristeza e definitivamente decepção, mas sobrevivo. E não era capaz de trocar a minha forma de ser, em que sinto coisas, em que aprecio pormenores, só porque eventualmente, no futuro, e de forma extremamente hipotética, posso vir a sofrer.

Porque se para sentir, para estar bem, para gostar genuinamente de viver, de vez em quando tenho de sofrer...então é um pequeno preço a pagar.

quarta-feira, dezembro 02, 2015

Não Fui Honesta

 

Não fui honesta.

Disse-te que não gostava de ti, que não podia gostar porque já não te conheço. E por isso, não fui honesta. 

Como é que te iria explicar que sempre que te vejo, o meu coração falha uma batida e depois começa a bater descompassadamente? Ele não faz isso por mais ninguém, portanto, não fui honesta.

Como é que poderia explicar, ou começar sequer a explicar, que há anos isto acontece? Longe da vista, longe do coração, talvez...mas sempre que te vejo pelo canto do olho, há todo um misto de sensações que não me consigo impedir de viver. 

Talvez tivesse sido honesta, se soubesse que não me iria magoar. Admitir a mim própria que tens mais importância do que deverias, é um pouco doloroso. Porque depois de admitir, fica difícil fechar os olhos e o coração a pequenos pormenores, que de outra forma podemos enxotar para o lado como se não tivessem a menor importância.

Portanto, tentei desvalorizar para diminuir a intensidade, mas fiquei a queimar-me sozinha.

Os dias passam, assim como as semanas e os meses, e há sempre uma vozinha no fundo da mente com mil perguntas às quais não posso dar resposta. Porque as respostas só tu as tens.

Posso supor, apenas. E todas as suposições doem e nenhuma é válida, porque nenhuma é verdadeira. Porque a verdade só tu a conheces.

E a minha verdade, só eu a conheço... Porque isto, isto é apenas a ponta do iceberg.

segunda-feira, março 30, 2015

#27 - Ver Wicked e #76 - Fazer a tour de Harry Potter

Estava a rever a minha lista e de repente apercebi-me: já fiz não uma, mas mais duas coisas da lista!! Como é que me pude esquecer?!

Pois bem, há cerca de um mês estive em Londres, pela primeira vez e na melhor das companhias, com a Corina e o Guilherme. Se há algo de bom nas viagens, além de se conhecer sítios novos, culturas diferentes e pedaços de história, é sem dúvida rever amigos de longa data! A última vez que tinhamos estado juntos, tinha sido há três anos, precisamente antes de partirem para uma das maiores aventuras da vida deles: ir viver e trabalhar em Inglaterra.

Três anos depois, depois de algumas tentativas frustradas pelo meio, finalmente consegui ir visitá-los. Dias felizes com pessoas que nos fazem bem à alma. Que mais se pode pedir para umas férias bem passadas?

Nada, na realidade, MAS tive direito a duas prendas de aniversário adiadas. Já sabia que ia visitar os estúdios de Harry Potter, que foram simplesmente fenomenais!

Não há palavras que descrevam, porque é passar do abstracto para o concreto. Ver uma parte da nossa adolescência, uma das importantes, a materializar-se à nossa frente. É magia? Sem dúvida.

E ainda tivemos direito a conhecer alguns dos animais que apareceram nos filmes! A isto é que se chama pontaria ;)

E como a semana ainda não estava a ser extraordinária o suficiente, tive direito a uma segunda prenda de aniversário. Vá, são as prendas de dois anos diferentes...não sejam assim.

Pois é, finalmente, depois de...sei lá, sete anos? Dei por mim à entrada do Apollo Victoria Theatre, a fazer reforço do sistema nervoso para não me lavar em lágrimas com a As Long As You're Mine. Controlei-me bastante bem, aliás. Fiquei orgulhosa de mim mesma, devo confessar.

Esta história é do mais sublime que há e o musical, apesar de um pouco menos cru que o livro, é fenomenal. Viva os misfists que acreditam num mundo melhor e mais justo!

E por hoje, fico-me por aqui. Obrigada a quem ainda continuar por aí depois desde tempo tão grande de pouco movimento. Não posso prometer que o blog vá ficar mais animado, mas hei-de tentar!

domingo, outubro 05, 2014

Sou

Sou feita de pedaços. Coisas que aprendi, que vivi, que li, que vi acontecerem.
Sou os meus gostos, mas não deixo de ser os gostos dos outros, porque sempre me disseram que gostos não se discutem.
Sou o que não gosto, também, porque faz parte da minha identidade.
Sou opostos. Tantos opostos... Aliás, faço dos opostos tons de cinzento.
Sou o que sou e o que não sou. Tudo e nada, dependendo da perspectiva de quem vê.
Olhem...sou, simplesmente. Apenas não me reduzam a um dos meus pedaços, porque todos somos mais do que apenas a soma das partes.