Eu sou uma pessoa estranha.
Penso que não é a primeira vez que digo isto por aqui, mas vim reafirmar a coisa.
Ora bem, eu gosto de olhar para o mundo, não através de um prisma cor-de-rosa, mas pelo menos de um que me permita ver a parte boa de tudo. Acreditem ou não, há mesmo uma parte boa em tudo, apesar de por vezes estar bem escondida.
Podia dar muitos exemplos, como o rapaz que vive ali nos prédios do lado que tem um atraso mental. Diria eu...assim por alto, que parou nos 8 ou 9 anos. Há muitas maneiras possíveis de olhar para ele, quem diz ele diz todas as pessoas com problemas mais ou menos graves. Eu vejo um rapaz feliz, com autonomia suficiente para conversar com as pessoas que passam por ele na rua, simpático, cumprimenta toda a gente e, no fundo, que consegue lidar com as responsabilidades que lhe são incumbidas. Podia muito bem olhar para ele e pensar para comigo que é mais um desgraçado ou, pior ainda (não me consigo lembrar de nada pior para escrever, mas sei que há bem pior).
Ou a rapariga que era da minha turma que não se importava de quem deitava abaixo desde que tivesse as melhores notas, mas que eu via muito insegura, possivelmente porque sempre exigiram o melhor dela, e que com qualquer pequeno deslize se ia abaixo. No fundo ela só queria ser aceite, mas penso que nem no grupo com quem ela se dava isso alguma vez aconteceu a 100%.
Nestes momentos lembro-me do filme O Amor é Cego, com o Jack Black. Penso em todas as pessoas que ele via lindas e maravilhosas, porque via apenas o interior, quando por fora poucos olhariam duas vezes. Aquelas crianças...
Bem, isto tudo era para mostrar como era estranha e entretanto comecei a divagar. Portanto, vou continuar. Levemos isto para o lado romântico/relacional/sexual da questão. Vejo um rapaz na rua e reparo em pormenores que possivelmente outras pessoas não vêem, pelo menos só por lhes porem os olhos em cima. Avançando um pouco, imaginemos que até falo com a pessoa em questão, acho-o super interessante, adoro pequenos pormenores e é giro saber que conheço um pouco do que não está à vista. O problema vem precisamente se, por um qualquer acaso, o rapaz se começa a interessar por mim. Da mesma forma instantânea com que via as qualidades...começo a ver os defeitos. É tiro e queda! Começo a encontrar pequenos ódios de estimação, coisas que me irritam e que poderia até ter visto antes, mas só depois de a pessoa mostrar interesse é que me deu para exagerar! Pode ser a forma como fala, um tique qualquer, o facto de fumar, etc. A lista é interminável. Basicamente, arranjo desculpas a mim mesma para me afastar, tudo inconscientemente, ou pelo menos subconscientemente. Acho que não aguento a ideia de que alguém pode mesmo interessar-se por mim sem ter qualquer coisa na manga.
Já mencionei que sou estranha?
Penso que não é a primeira vez que digo isto por aqui, mas vim reafirmar a coisa.
Ora bem, eu gosto de olhar para o mundo, não através de um prisma cor-de-rosa, mas pelo menos de um que me permita ver a parte boa de tudo. Acreditem ou não, há mesmo uma parte boa em tudo, apesar de por vezes estar bem escondida.
Podia dar muitos exemplos, como o rapaz que vive ali nos prédios do lado que tem um atraso mental. Diria eu...assim por alto, que parou nos 8 ou 9 anos. Há muitas maneiras possíveis de olhar para ele, quem diz ele diz todas as pessoas com problemas mais ou menos graves. Eu vejo um rapaz feliz, com autonomia suficiente para conversar com as pessoas que passam por ele na rua, simpático, cumprimenta toda a gente e, no fundo, que consegue lidar com as responsabilidades que lhe são incumbidas. Podia muito bem olhar para ele e pensar para comigo que é mais um desgraçado ou, pior ainda (não me consigo lembrar de nada pior para escrever, mas sei que há bem pior).
Ou a rapariga que era da minha turma que não se importava de quem deitava abaixo desde que tivesse as melhores notas, mas que eu via muito insegura, possivelmente porque sempre exigiram o melhor dela, e que com qualquer pequeno deslize se ia abaixo. No fundo ela só queria ser aceite, mas penso que nem no grupo com quem ela se dava isso alguma vez aconteceu a 100%.
Nestes momentos lembro-me do filme O Amor é Cego, com o Jack Black. Penso em todas as pessoas que ele via lindas e maravilhosas, porque via apenas o interior, quando por fora poucos olhariam duas vezes. Aquelas crianças...
Bem, isto tudo era para mostrar como era estranha e entretanto comecei a divagar. Portanto, vou continuar. Levemos isto para o lado romântico/relacional/sexual da questão. Vejo um rapaz na rua e reparo em pormenores que possivelmente outras pessoas não vêem, pelo menos só por lhes porem os olhos em cima. Avançando um pouco, imaginemos que até falo com a pessoa em questão, acho-o super interessante, adoro pequenos pormenores e é giro saber que conheço um pouco do que não está à vista. O problema vem precisamente se, por um qualquer acaso, o rapaz se começa a interessar por mim. Da mesma forma instantânea com que via as qualidades...começo a ver os defeitos. É tiro e queda! Começo a encontrar pequenos ódios de estimação, coisas que me irritam e que poderia até ter visto antes, mas só depois de a pessoa mostrar interesse é que me deu para exagerar! Pode ser a forma como fala, um tique qualquer, o facto de fumar, etc. A lista é interminável. Basicamente, arranjo desculpas a mim mesma para me afastar, tudo inconscientemente, ou pelo menos subconscientemente. Acho que não aguento a ideia de que alguém pode mesmo interessar-se por mim sem ter qualquer coisa na manga.
Já mencionei que sou estranha?
7 comentários:
És estranha sim, e depois?
Pertences ao mundo encantado dos estranhos...que é virilmente preenchido por pessoas especiais.
LOL
^^ gostei da tua mensagem hoje...'winha'...funfs....enfim xD
gosti «3
Mano, melhor foi o sorriso com que ele disse isso XD foi um sorriso que disse "Oh meu deus!! Está alguém a falar comigo! Durante uns momentos não vou estar aqui enfiado nesta coisa sozinho! E ainda por cima uma rapariga!! Oh deus, satisfizeste os meus desejos!"
Juro que os olhos dele brilhavam enquanto me dizia a "winha" e a hora a que o comboio chegava...
Eu n preciso de interessar-me por alguém p lhe começar a ver os defeitos...é automático. Mas o mm tempo vejo as qualidades...
Eu tb sou meio complicado :s
Já aconteceu dar-me muito bem com um amigo meu e ele de repente dar-lhe na veneta que gostava de mim. Aconteceu que me irritava simplesmente ouvir a voz dele... "Acabou" com um estalo que lhe dei numa altura em que ele esticou um bocado a corda.
Ah, sim...hoje é um dos meus melhores amigos XD
tenho de te fazer uma pergunta, és estranha nos padrões da sociedade, ou és estranha nos teus próprios padrões e já agora define estranha? e que não vi nada de estranho no post, e foi mais que uma pergunta lol
Concordo como Pedro (aqui acima). E então!? Talvez a palavra seja "diferente" ao invés de "estranha".
Pedro, nos meus padrões sou normalíssima, porque gosto de ser quem sou, com as minhas peculiaridades. Sou única, como todos, ou pelo menos como todos deviam ser.
oglobo, gosto mais da palavra única, mas é a tal questão de ser estranha perante a sociedade porque não sigo tendências (fico até muito irritada quando algo vira moda).
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