Sinto necessidade de esclarecer o porquê de não considerar o meu ano bom.
Várias pessoas leram o balanço e disseram-me que o meu ano foi bom.
Lamento. Tenho de discordar.
O facto de eu ter crescido, de ter retirado boas aprendizagens de determinados acontecimentos, não os torna bons, apenas diz que eu soube tirar partido dos maus momentos.
Várias pessoas leram o balanço e disseram-me que o meu ano foi bom.
Lamento. Tenho de discordar.
O facto de eu ter crescido, de ter retirado boas aprendizagens de determinados acontecimentos, não os torna bons, apenas diz que eu soube tirar partido dos maus momentos.
Muitas das más situações que referenciei não foram dissecadas. Isso tem várias explicações, desde o facto de eu não as querer reviver ao lembrar-me delas, até ao facto de serem coisas pessoais, que envolvem outras pessoas e que eu nunca escreveria num blog. Uma coisa é escrever sobre pessoas usando apenas um nome, outra coisa é expor problemas...
Não foi um bom ano. Não foi bom até ao fim de Setembro. Outubro é o mês 10, para mim...três meses não compensam completamente nove meses de agonia, tenha ela sido contínua, ou descontínua.
Sofri, sofri com cada perda do puzzle que é o meu coração. Cada pessoa que perdi levou uma pedaço de mim. Cada discussão abriu feridas que eu pensava que já tinham cicatrizado. Cada ferida aberta levou muito tempo a fechar de novo.
Não foi um bom ano.
Alguém que não me conheça, ou que não me conheça bem, eu aceito que mo digam, afinal de contas, sabem apenas o que eu decido contar. Mas não aguento quando pessoas que viram as coisas quase do lado de dentro, me digam que foi um bom ano.
Preciso de lembrar do meu tempo de isolamento? Preciso de lembrar como foi estagiar sozinha com pessoas à espera que eu me comportasse como se tivesse o trabalho repartido?
Em 2008, perdi uma parte de mim. Em 2008 voltei a tê-la, mas não da mesma forma.
A diferença?
A diferença está nos olhos de quem vê. Eu decidi não olhar para as coisas só pelo lado negativo. Não quero e não posso. De cada má situação, há sempre uma boa aprendizagem a tirar, seja sobre nós, ou sobre os outros envolvidos nela.
Decidi que o lado positivo é que cresci com cada uma das más situações, o que me leva a sentir que foi o ano em que mais cresci. E foi, sinto isso em cada célula. Mas a que preço? Dor. Dor que tentei afastar ao dizer que não há dor no vazio, só porque me senti vazia. Sabem que mais? Há dor no vazio, efectivamente. A dor...tal como as baratas, será a única sobrevivente em caso de catástrofe.
A dor leva-nos a uma de duas situações: enlouquecemos, ou crescemos.
Eu apenas escolhi crescer.
Mas não me digam que tive um bom ano, por favor.
Não foi um bom ano. Não foi bom até ao fim de Setembro. Outubro é o mês 10, para mim...três meses não compensam completamente nove meses de agonia, tenha ela sido contínua, ou descontínua.
Sofri, sofri com cada perda do puzzle que é o meu coração. Cada pessoa que perdi levou uma pedaço de mim. Cada discussão abriu feridas que eu pensava que já tinham cicatrizado. Cada ferida aberta levou muito tempo a fechar de novo.
Não foi um bom ano.
Alguém que não me conheça, ou que não me conheça bem, eu aceito que mo digam, afinal de contas, sabem apenas o que eu decido contar. Mas não aguento quando pessoas que viram as coisas quase do lado de dentro, me digam que foi um bom ano.
Preciso de lembrar do meu tempo de isolamento? Preciso de lembrar como foi estagiar sozinha com pessoas à espera que eu me comportasse como se tivesse o trabalho repartido?
Em 2008, perdi uma parte de mim. Em 2008 voltei a tê-la, mas não da mesma forma.
A diferença?
A diferença está nos olhos de quem vê. Eu decidi não olhar para as coisas só pelo lado negativo. Não quero e não posso. De cada má situação, há sempre uma boa aprendizagem a tirar, seja sobre nós, ou sobre os outros envolvidos nela.
Decidi que o lado positivo é que cresci com cada uma das más situações, o que me leva a sentir que foi o ano em que mais cresci. E foi, sinto isso em cada célula. Mas a que preço? Dor. Dor que tentei afastar ao dizer que não há dor no vazio, só porque me senti vazia. Sabem que mais? Há dor no vazio, efectivamente. A dor...tal como as baratas, será a única sobrevivente em caso de catástrofe.
A dor leva-nos a uma de duas situações: enlouquecemos, ou crescemos.
Eu apenas escolhi crescer.
Mas não me digam que tive um bom ano, por favor.
3 comentários:
Estás viva, portanto o Ano foi bom.
=)
...lamento ter dito q o ano até não foi mau...
como não o vivi próximo de ti...espero que 2009 seja bom...para ti...
Lamento informar-te mas tiveste um ano melhor que o meu :)
Enviar um comentário